Quem joga no PC já deve ter se deparado com a promessa: “Agora vai! O SteamOS vai bater de frente com o Windows!”. E olha… motivos para empolgação não faltam. A Valve vem caprichando no sistema, e muita gente já está testando a nova versão beta com brilho nos olhos.
Mas será que dá mesmo pra abandonar o Windows de vez e viver só de SteamOS?
Spoiler: ainda não. Mas calma, porque isso não significa que o sistema não seja uma revolução no universo gamer. A seguir, a gente te explica o que o SteamOS faz de tão bem feito e também por que ele ainda não é (e nem quer ser) o novo “Windows dos games”.
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O que é o SteamOS e qual seu verdadeiro propósito?
O SteamOS nasceu lá em 2013, quando a Valve sentiu que a Microsoft estava querendo fechar demais o ecossistema do Windows. A ideia era simples: se o Windows deixasse de ser “amigável” com o Steam, a Valve já teria um plano B.
E assim surgiu o SteamOS, um sistema operacional baseado em Linux, feito sob medida para rodar jogos da Steam.
Mas vale um alerta: o SteamOS não foi criado para substituir o Windows em tudo. Ele é focado 100% na experiência de jogo — sem tentar ser um sistema multitarefas para trabalho, edição de vídeo ou planilhas do Excel.
A proposta é clara: ligar, jogar e curtir. Sem distrações, sem mil abas, sem “atualização pendente” no meio da jogatina. E isso, convenhamos, já é um baita diferencial.
Por que o SteamOS entrega mais desempenho nos jogos?
Aqui a mágica acontece: como o SteamOS não precisa cuidar de tarefas paralelas como o Windows, ele foca todos os recursos do PC no game.
- Nada de antivírus escaneando em segundo plano.
- Nenhum Chrome devorando RAM escondido.
- Zero notificações aleatórias te tirando do foco.
Além disso, o sistema usa uma camada de compatibilidade chamada Proton, que permite rodar a maioria dos jogos feitos para Windows como se fossem nativos no Linux. Muitos títulos inclusive já aparecem como “Verificados” pela Steam, ou seja, desempenho garantido.
E tem mais: com o Steam Deck bombando, a Valve otimizou o SteamOS para rodar lisinho até em hardware portátil. Resultado? Experiência fluida, rápida e com carregamento quase instantâneo.
Ah, e se você curte usar controle, ele já vem com suporte integrado. É ligar e jogar.
O que ainda impede o SteamOS de substituir o Windows?
A resposta curta: ele não foi feito pra isso.
O SteamOS é ótimo para jogar, mas deixa a desejar em tarefas comuns do dia a dia. Tentar rodar um Photoshop ou Excel no sistema pode ser uma dor de cabeça, isso quando funciona.

Além disso, ainda faltam algumas comodidades que o Windows oferece de forma quase automática:
- Instalação simplificada de programas variados
- Compatibilidade ampla com periféricos
- Atualizações automáticas de drivers de GPU
- Suporte oficial das desenvolvedoras
E convenhamos: instalar o SteamOS ainda exige certo jogo de cintura técnico. Não é tão amigável quanto dar dois cliques num setup.exe do Windows.
A própria Valve recomenda: se for usar no PC, melhor instalar em uma segunda partição, como sistema secundário. Porque, pelo menos por enquanto, ele ainda não substitui o Windows em tudo que a gente precisa no dia a dia.
O verdadeiro concorrente do SteamOS pode não ser o que você pensa
Você pode achar que a grande rivalidade está entre SteamOS e Windows… mas talvez o jogo mude de direção em breve.
A Microsoft já está testando um app Xbox exclusivo para consoles portáteis, como o ROG Ally, o Legion Go e até futuros modelos da ASUS e da Tectoy. E sabe o que é curioso? Muitos desses dispositivos ainda rodam Windows 11 — mas com a proposta de funcionar como se fossem um “console puro”.
Ou seja, a briga pode ser SteamOS vs. Xbox app no mundo dos dispositivos portáteis. E não SteamOS contra Windows tradicional.
Nesse cenário, a Valve sai na frente. Ela já tem um sistema leve, funcional e bem aceito entre os gamers mais exigentes. A Microsoft, por outro lado, ainda está ajustando o app Xbox para entregar algo parecido.
Então, ao invés de pensar no SteamOS como um “novo Windows”, talvez seja mais realista encará-lo como o melhor sistema operacional feito exclusivamente para jogos. E nesse jogo, ele tem tudo pra brilhar.
Conclusão: SteamOS é um baita avanço — só não é o Windows (e tudo bem)
O SteamOS tem um propósito claro: entregar a melhor experiência gamer possível, sem distrações, sem burocracia. E nisso ele já manda muito bem.
Mas substituir o Windows? Ainda não é a hora. E nem precisa ser.
Se você só quer jogar, o SteamOS é um achado. Se precisa trabalhar, estudar ou usar apps mais robustos, o bom e velho Windows ainda vai continuar por aí. E tudo bem.
Agora, se você está montando um console portátil ou quer transformar aquele notebook antigo em uma máquina de jogos, dar uma chance ao SteamOS pode ser uma jogada genial.
Quer testar? Dá pra instalar fácil em dual boot e ver com seus próprios olhos.
E aí, você usaria o SteamOS no lugar do Windows? Me conta!