A Intel está preparando o lançamento das CPUs Intel Nova Lake para 2026, e os vazamentos mais recentes começam a delinear o que podemos esperar dessa família que, ao que tudo indica, será chamada de Core Ultra 400. Com promessa de mais de 50 núcleos nos modelos topo de linha, a nova arquitetura mira um salto expressivo em desempenho multi-thread, mas apresenta avanços mais modestos em single-thread.
Performance single-thread: salto limitado
Segundo documentos vazados, as CPUs Intel Nova Lake trarão um ganho de apenas 10% em desempenho single-thread em relação à série atual Core Ultra 200 (Arrow Lake). Isso representa uma melhoria de 1,1x, que pode não ser suficiente para superar a atual liderança da AMD em workloads sensíveis à latência, como jogos e algumas aplicações profissionais.
A expectativa é que o foco da Intel esteja na eficiência arquitetural e no escalonamento paralelo, ao invés de perseguir exclusivamente clocks mais altos. A combinação entre novos P-cores e LP-E cores pode trazer ganhos em responsividade e gerenciamento de energia, especialmente em cenários de uso místico entre produtividade e tarefas de fundo.
Mais de 50 núcleos: avanço significativo em multi-thread
O verdadeiro destaque das CPUs Intel Nova Lake está no desempenho multi-thread, com previsão de aumento de até 60% em relação aos modelos Arrow Lake. Isso se deve à nova configuração de núcleos, que deve atingir um número sem precedentes no portfólio mainstream da Intel:
- Core Ultra 9: 16 P-cores + 32 E-cores + 4 LP-E-cores
- Core Ultra 7: 14 P-cores + 24 E-cores + 4 LP-E-cores
- Core Ultra 5: 8 ou 6 P-cores + 16 ou 8 E-cores + 4 LP-E-cores
- Core Ultra 3: 4 P-cores + 8 ou 4 E-cores + 4 LP-E-cores
Essa expansão massiva na contagem de núcleos visa otimizar workloads altamente paralelizáveis, como renderização, compilação de código, simulação e uso profissional intensivo. O uso de LP-E cores (Low Power Efficiency Cores) é outro diferencial que sugere uma gestão mais refinada de consumo energético e threads de baixa prioridade.
Cache ampliado e nova iGPU: resposta à concorrência
Outro ponto relevante nas CPUs Intel Nova Lake é o suposto investimento em memória cache ampliada, algo que a empresa vinha evitando nas gerações anteriores. A mudança de postura provavelmente é uma reação direta ao sucesso dos Ryzen X3D com 3D V-Cache, que dominam o mercado gamer atualmente.
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Além disso, a iGPU dos novos chips deve adotar uma estrutura híbrida, combinando arquitetura Xe3 (voltada ao desempenho gráfico) com Xe4 (focada em codificação de vídeo e exibição de imagem). Essa divisão modular pode representar um salto em eficiência e qualidade de experiência para notebooks e dispositivos portáteis.
A Intel busca retomar o protagonismo
Com as CPUs Intel Nova Lake, a gigante de Santa Clara tenta retomar a dianteira em um mercado cada vez mais competitivo. Mesmo com o desempenho single-core ainda abaixo das expectativas de alguns entusiastas, o salto em capacidade multi-thread e a evolução da iGPU mostram um caminho de renovação.
Se os rumores se confirmarem, a geração Core Ultra 400 poderá agradar desde gamers exigentes até profissionais que buscam máxima produtividade. Ainda é cedo para certezas, mas a arquitetura das novas CPUs Intel Nova Lake promete ser um divisor de águas no roadmap da Intel.
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